BLOG DA MARLENE

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Para quem acredita em heróis

Eis um novo texto escrito pela amiga Dalva.
Sua narrativa nos enriquece, pois traz sua vivência como
paciente de Hemodiálise do hospital Filadelfia.

Para quem ainda acredita em heróis
Houve um tempo, lá na minha infância, em que acreditei em heróis. Por muito tempo, confiei que os príncipes dos contos de fadas que ouvia eram seres capazes de mudar o mundo. Admirava-me a força, audácia e coragem de todos os heróis das histórias que li.
Depois, na adolescência, vieram os romances e fui com as heroínas de José de Alencar conhecer mancebos garbosos, de caráter imaculado e tamanha gentileza que foi impossível não me apaixonar perdidamente por eles. E o que dizer, então, daqueles moços tão bonitos, leais e educados que figuravam nos romances da Sabrina? Toda semana eu me perdia de amores por um deles. Bastava abrir o livro, colocar meus olhos em tão belos rapazes, e pronto; Lá estava eu caidinha de novo!
Todavia, com o tempo, percebi que aqueles heróis só existiam mesmo era no mundo da imaginação. Na vida real, as coisas são diferentes. As mocinhas não são tão belas assim, tampouco são tão garbosos e gentis os rapazes. Difícil acreditar em heróis em um mundo onde, cada vez mais, os maus sentimentos são cultivados, ao passo que o amor, a solidariedade e a tolerância vão sendo deixados de lado. Constatar tudo isso, me fez andar um tempo descrente em heróis.
Porém, dia desses, o inesperado aconteceu. Conheci um herói. E não foi ao abrir um livro. Não! Esse que conheci existe de verdade. Sei que estão duvidando. Mas acreditem: heróis existem! À primeira vista não se desconfia que ele seja um guerreiro. Tão diferente dos heróis da minha infância, que reinavam em terras distantes, o reino desse herói que encontrei é a sala de hemodiálise do hospital Filadélfia em Teófilo Otoni.  Sua batalha? Ah, sua batalha é a luta diária de alguém que sofre de insuficiência renal.
Há quem deva estar imaginando esse homem, capaz de ser herói em tempos tão difíceis e em situação tão pouco propícia para se aventurar em batalhas. Provavelmente, estão fantasiando alguém ainda forte, com sentidos perfeitos para enfrentar seus inimigos, no caso da hemodiálise: agulhas, dores, filas de espera, longas viagens. Erraram na imagem que fizeram dele. Mas isso se desculpa. Aprendemos, desde a nossa infância, que os heróis são belos, perfeitos. Fomos enganados. Heróis de verdade trazem no corpo as marcas de suas batalhas, mas isso não os faz menos admiráveis. Assim é o cavalheiro que conheci.
Todos os dias, ele chega para o tratamento de hemodiálise. Desce do carro, dá o braço a sua bela dama – moça tão distinta! -  e anda até sua cadeira. Até aí nada de surpreendente, não fosse o fato de ele ter as duas pernas amputadas, sobrando-lhe apenas dois toquinhos com os quais se locomove. Tudo isso já faz dele um homem admirável, mas ele também perdeu a visão. Provavelmente, em alguma batalha.
O que mais me encanta nesse homem é que nunca o vi de cara amarrada, tampouco já o ouvi reclamar. Enquanto enfrenta as quatro horas de diálise, ele canta e, se alguém puxar papo com ele, conversa, ri e conta piadas.
Creio que é preciso prestarmos atenção na lição que ele nos dá. Estamos sempre insatisfeitos com a vida. Acreditamos, piamente, que nossos problemas, nosso sofrimento são os maiores do universo. Não pretendo menosprezar o sofrimento de ninguém, não quero ensinar coisas que também ainda necessito aprender. Mas é que a vida me mostrou algo que eu precisava enxergar e quero dividir isso com vocês.
Também eu já reclamei da vida, quando tinha tudo para ser feliz. Também eu ainda reclamo da vida, quando tenho braços, pernas, olfato, visão, audição e paladar perfeitos. Contudo, aprendi com esse herói que por piores que sejam nossos problemas, sempre haverá motivos para sorrir e ser feliz. Reclamar da vida não resolverá nossos problemas, pelo contrário, só nos fará mais infelizes e deixará mais tristes as pessoas que nos amam.
Não façamos a nossa vida mais difícil. Somos sempre muito mais fortes e capazes do que imaginamos. É preciso apenas que não nos acovardemos. Acredito que também posso ser uma heroína, pois essa minha luta no tratamento contra a hemodiálise só eu poderei vencê-la. Existirão os que vão diminuir minhas batalhas, mas só eu sei como lutei e quantos exércitos tive que vencer. Tenho certeza de que, como eu, há tantas outras pessoas, enfrentando os mesmos monstros, vencendo os mesmos obstáculos. Desejo que sejam fortes e oxalá todos nós, todos os homens do mundo sejam um pouquinho só valentes, um pouquinho só persistentes como esse herói que conheci e que lhes apresentei para que saibamos que verdadeiros guerreiros não são feitos de corpos perfeitos e rostinhos bonitos, mas de coragem para lutar, mesmo quando as situações são adversas.




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Eis um novo texto escrito pela amiga Dalva.
Sua narrativa nos enriquece, pois traz sua vivência como
paciênte de Hemodiálise do hospital Filadelfia.

Para quem ainda acredita em heróis
Houve um tempo, lá na minha infância, em que acreditei em heróis. Por muito tempo, confiei que os príncipes dos contos de fadas que ouvia eram seres capazes de mudar o mundo. Admirava-me a força, audácia e coragem de todos os heróis das histórias que li.
Depois, na adolescência, vieram os romances e fui com as heroínas de José de Alencar conhecer mancebos garbosos, de caráter imaculado e tamanha gentileza que foi impossível não me apaixonar perdidamente por eles. E o que dizer, então, daqueles moços tão bonitos, leais e educados que figuravam nos romances da Sabrina? Toda semana eu me perdia de amores por um deles. Bastava abrir o livro, por meus olhos em tão belos rapazes, e pronto; Lá estava eu caidinha de novo!
Todavia, com o tempo, percebi que aqueles heróis só existiam mesmo era no mundo da imaginação. Na vida real, as coisas são diferentes. As mocinhas não são tão belas assim, tampouco são tão garbosos e gentis os rapazes. Difícil acreditar em heróis em um mundo onde, cada vez mais, os maus sentimentos são cultivados, ao passo que o amor, a solidariedade e a tolerância vão sendo deixados de lado. Constar tudo isso, me fez andar um tempo descrente em heróis.
Porém, dia desses, o inesperado aconteceu. Conheci um herói. E não foi ao abrir um livro. Não! Esse que conheci existe de verdade. Sei que estão duvidando. Mas acreditem: heróis existem! À primeira vista não se desconfia que ele seja um guerreiro. Tão diferente dos heróis da minha infância, que reinavam em terras distantes, o reino desse herói que encontrei é a sala de hemodiálise do hospital Filadélfia em Teófilo Otoni.  Sua batalha? Ah, sua batalha é a luta diária de alguém que sofre de insuficiência renal.
Há quem deva estar imaginando esse homem, capaz de ser herói em tempos tão difíceis e em situação tão pouco propícia para se aventurar em batalhas. Provavelmente, estão fantasiando alguém ainda forte, com sentidos perfeitos para enfrentar seus inimigos, no caso da hemodiálise: agulhas, dores, filas de espera, longas viagens. Erraram na imagem que fizeram dele. Mas isso se desculpa. Aprendemos, desde a nossa infância, que os heróis são belos, perfeitos. Fomos enganados. Heróis de verdade trazem no corpo as marcas de suas batalhas, mas isso não os faz menos admiráveis. Assim é o cavalheiro que conheci.
Todos os dias, ele chega para o tratamento de hemodiálise. Desce do carro, dá o braço a sua bela dama – moça tão distinta! -  e anda até sua cadeira. Até aí nada de surpreendente, não fosse o fato de ele ter as duas pernas amputadas, sobrando-lhe apenas dois toquinhos com os quais se locomove. Tudo isso já faz dele um homem admirável, mas ele também perdeu a visão. Provavelmente, em alguma batalha.
O que mais me encanta nesse homem é que nunca o vi de cara amarrada, tampouco já o ouvi reclamar. Enquanto enfrenta as quatro horas de diálise, ele canta e, se alguém puxar papo com ele, conversa, ri e conta piadas.
Creio que é preciso prestarmos atenção na lição que ele nos dá. Estamos sempre insatisfeitos com a vida. Acreditamos, piamente, que nossos problemas, nosso sofrimento são os maiores do universo. Não pretendo menosprezar o sofrimento de ninguém, não quero ensinar coisas que também ainda necessito aprender. Mas é que a vida me mostrou algo que eu precisava enxergar e quero dividir isso com vocês.
Também eu já reclamei da vida, quando tinha tudo para ser feliz. Também eu ainda reclamo da vida, quando tenho braços, pernas, olfato, visão, audição e paladar perfeitos. Contudo, aprendi com esse herói que por piores que sejam nossos problemas, sempre haverá motivos para sorrir e ser feliz. Reclamar da vida não resolverá nossos problemas, pelo contrário, só nos fará mais infelizes e deixará mais tristes as pessoas que nos amam.
Não façamos a nossa vida mais difícil. Somos sempre muito mais fortes e capazes do que imaginamos. É preciso apenas que não nos acovardemos. Acredito que também posso ser uma heroína, pois essa minha luta no tratamento contra a hemodiálise só eu poderei vencê-la. Existirão os que vão diminuir minhas batalhas, mas só eu sei como lutei e quantos exércitos tive que vencer. Tenho certeza de que, como eu, há tantas outras pessoas, enfrentando os mesmos monstros, vencendo os mesmos obstáculos. Desejo que sejam fortes e oxalá todos nós, todos os homens do mundo sejam um pouquinho só valentes, um pouquinho só persistentes como esse herói que conheci e que lhes apresentei para que saibamos que verdadeiros guerreiros não são feitos de corpos perfeitos e rostinhos bonitos, mas de coragem para lutar, mesmo quando as situações são adversas.




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Sua narrativa nos enriquece, pois traz sua vivência como
paciênte de Hemodiálise do hospital Filadelfia.

Para quem ainda acredita em heróis
Houve um tempo, lá na minha infância, em que acreditei em heróis. Por muito tempo, confiei que os príncipes dos contos de fadas que ouvia eram seres capazes de mudar o mundo. Admirava-me a força, audácia e coragem de todos os heróis das histórias que li.
Depois, na adolescência, vieram os romances e fui com as heroínas de José de Alencar conhecer mancebos garbosos, de caráter imaculado e tamanha gentileza que foi impossível não me apaixonar perdidamente por eles. E o que dizer, então, daqueles moços tão bonitos, leais e educados que figuravam nos romances da Sabrina? Toda semana eu me perdia de amores por um deles. Bastava abrir o livro, por meus olhos em tão belos rapazes, e pronto; Lá estava eu caidinha de novo!
Todavia, com o tempo, percebi que aqueles heróis só existiam mesmo era no mundo da imaginação. Na vida real, as coisas são diferentes. As mocinhas não são tão belas assim, tampouco são tão garbosos e gentis os rapazes. Difícil acreditar em heróis em um mundo onde, cada vez mais, os maus sentimentos são cultivados, ao passo que o amor, a solidariedade e a tolerância vão sendo deixados de lado. Constar tudo isso, me fez andar um tempo descrente em heróis.
Porém, dia desses, o inesperado aconteceu. Conheci um herói. E não foi ao abrir um livro. Não! Esse que conheci existe de verdade. Sei que estão duvidando. Mas acreditem: heróis existem! À primeira vista não se desconfia que ele seja um guerreiro. Tão diferente dos heróis da minha infância, que reinavam em terras distantes, o reino desse herói que encontrei é a sala de hemodiálise do hospital Filadélfia em Teófilo Otoni.  Sua batalha? Ah, sua batalha é a luta diária de alguém que sofre de insuficiência renal.
Há quem deva estar imaginando esse homem, capaz de ser herói em tempos tão difíceis e em situação tão pouco propícia para se aventurar em batalhas. Provavelmente, estão fantasiando alguém ainda forte, com sentidos perfeitos para enfrentar seus inimigos, no caso da hemodiálise: agulhas, dores, filas de espera, longas viagens. Erraram na imagem que fizeram dele. Mas isso se desculpa. Aprendemos, desde a nossa infância, que os heróis são belos, perfeitos. Fomos enganados. Heróis de verdade trazem no corpo as marcas de suas batalhas, mas isso não os faz menos admiráveis. Assim é o cavalheiro que conheci.
Todos os dias, ele chega para o tratamento de hemodiálise. Desce do carro, dá o braço a sua bela dama – moça tão distinta! -  e anda até sua cadeira. Até aí nada de surpreendente, não fosse o fato de ele ter as duas pernas amputadas, sobrando-lhe apenas dois toquinhos com os quais se locomove. Tudo isso já faz dele um homem admirável, mas ele também perdeu a visão. Provavelmente, em alguma batalha.
O que mais me encanta nesse homem é que nunca o vi de cara amarrada, tampouco já o ouvi reclamar. Enquanto enfrenta as quatro horas de diálise, ele canta e, se alguém puxar papo com ele, conversa, ri e conta piadas.
Creio que é preciso prestarmos atenção na lição que ele nos dá. Estamos sempre insatisfeitos com a vida. Acreditamos, piamente, que nossos problemas, nosso sofrimento são os maiores do universo. Não pretendo menosprezar o sofrimento de ninguém, não quero ensinar coisas que também ainda necessito aprender. Mas é que a vida me mostrou algo que eu precisava enxergar e quero dividir isso com vocês.
Também eu já reclamei da vida, quando tinha tudo para ser feliz. Também eu ainda reclamo da vida, quando tenho braços, pernas, olfato, visão, audição e paladar perfeitos. Contudo, aprendi com esse herói que por piores que sejam nossos problemas, sempre haverá motivos para sorrir e ser feliz. Reclamar da vida não resolverá nossos problemas, pelo contrário, só nos fará mais infelizes e deixará mais tristes as pessoas que nos amam.
Não façamos a nossa vida mais difícil. Somos sempre muito mais fortes e capazes do que imaginamos. É preciso apenas que não nos acovardemos. Acredito que também posso ser uma heroína, pois essa minha luta no tratamento contra a hemodiálise só eu poderei vencê-la. Existirão os que vão diminuir minhas batalhas, mas só eu sei como lutei e quantos exércitos tive que vencer. Tenho certeza de que, como eu, há tantas outras pessoas, enfrentando os mesmos monstros, vencendo os mesmos obstáculos. Desejo que sejam fortes e oxalá todos nós, todos os homens do mundo sejam um pouquinho só valentes, um pouquinho só persistentes como esse herói que conheci e que lhes apresentei para que saibamos que verdadeiros guerreiros não são feitos de corpos perfeitos e rostinhos bonitos, mas de coragem para lutar, mesmo quando as situações são adversas.




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Sua narrativa nos enriquece, pois traz sua vivência como
paciênte de Hemodiálise do hospital Filadelfia.

Para quem ainda acredita em heróis
Houve um tempo, lá na minha infância, em que acreditei em heróis. Por muito tempo, confiei que os príncipes dos contos de fadas que ouvia eram seres capazes de mudar o mundo. Admirava-me a força, audácia e coragem de todos os heróis das histórias que li.
Depois, na adolescência, vieram os romances e fui com as heroínas de José de Alencar conhecer mancebos garbosos, de caráter imaculado e tamanha gentileza que foi impossível não me apaixonar perdidamente por eles. E o que dizer, então, daqueles moços tão bonitos, leais e educados que figuravam nos romances da Sabrina? Toda semana eu me perdia de amores por um deles. Bastava abrir o livro, por meus olhos em tão belos rapazes, e pronto; Lá estava eu caidinha de novo!
Todavia, com o tempo, percebi que aqueles heróis só existiam mesmo era no mundo da imaginação. Na vida real, as coisas são diferentes. As mocinhas não são tão belas assim, tampouco são tão garbosos e gentis os rapazes. Difícil acreditar em heróis em um mundo onde, cada vez mais, os maus sentimentos são cultivados, ao passo que o amor, a solidariedade e a tolerância vão sendo deixados de lado. Constar tudo isso, me fez andar um tempo descrente em heróis.
Porém, dia desses, o inesperado aconteceu. Conheci um herói. E não foi ao abrir um livro. Não! Esse que conheci existe de verdade. Sei que estão duvidando. Mas acreditem: heróis existem! À primeira vista não se desconfia que ele seja um guerreiro. Tão diferente dos heróis da minha infância, que reinavam em terras distantes, o reino desse herói que encontrei é a sala de hemodiálise do hospital Filadélfia em Teófilo Otoni.  Sua batalha? Ah, sua batalha é a luta diária de alguém que sofre de insuficiência renal.
Há quem deva estar imaginando esse homem, capaz de ser herói em tempos tão difíceis e em situação tão pouco propícia para se aventurar em batalhas. Provavelmente, estão fantasiando alguém ainda forte, com sentidos perfeitos para enfrentar seus inimigos, no caso da hemodiálise: agulhas, dores, filas de espera, longas viagens. Erraram na imagem que fizeram dele. Mas isso se desculpa. Aprendemos, desde a nossa infância, que os heróis são belos, perfeitos. Fomos enganados. Heróis de verdade trazem no corpo as marcas de suas batalhas, mas isso não os faz menos admiráveis. Assim é o cavalheiro que conheci.
Todos os dias, ele chega para o tratamento de hemodiálise. Desce do carro, dá o braço a sua bela dama – moça tão distinta! -  e anda até sua cadeira. Até aí nada de surpreendente, não fosse o fato de ele ter as duas pernas amputadas, sobrando-lhe apenas dois toquinhos com os quais se locomove. Tudo isso já faz dele um homem admirável, mas ele também perdeu a visão. Provavelmente, em alguma batalha.
O que mais me encanta nesse homem é que nunca o vi de cara amarrada, tampouco já o ouvi reclamar. Enquanto enfrenta as quatro horas de diálise, ele canta e, se alguém puxar papo com ele, conversa, ri e conta piadas.
Creio que é preciso prestarmos atenção na lição que ele nos dá. Estamos sempre insatisfeitos com a vida. Acreditamos, piamente, que nossos problemas, nosso sofrimento são os maiores do universo. Não pretendo menosprezar o sofrimento de ninguém, não quero ensinar coisas que também ainda necessito aprender. Mas é que a vida me mostrou algo que eu precisava enxergar e quero dividir isso com vocês.
Também eu já reclamei da vida, quando tinha tudo para ser feliz. Também eu ainda reclamo da vida, quando tenho braços, pernas, olfato, visão, audição e paladar perfeitos. Contudo, aprendi com esse herói que por piores que sejam nossos problemas, sempre haverá motivos para sorrir e ser feliz. Reclamar da vida não resolverá nossos problemas, pelo contrário, só nos fará mais infelizes e deixará mais tristes as pessoas que nos amam.
Não façamos a nossa vida mais difícil. Somos sempre muito mais fortes e capazes do que imaginamos. É preciso apenas que não nos acovardemos. Acredito que também posso ser uma heroína, pois essa minha luta no tratamento contra a hemodiálise só eu poderei vencê-la. Existirão os que vão diminuir minhas batalhas, mas só eu sei como lutei e quantos exércitos tive que vencer. Tenho certeza de que, como eu, há tantas outras pessoas, enfrentando os mesmos monstros, vencendo os mesmos obstáculos. Desejo que sejam fortes e oxalá todos nós, todos os homens do mundo sejam um pouquinho só valentes, um pouquinho só persistentes como esse herói que conheci e que lhes apresentei para que saibamos que verdadeiros guerreiros não são feitos de corpos perfeitos e rostinhos bonitos, mas de coragem para lutar, mesmo quando as situações são adversas.




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