BLOG DA MARLENE

Aqui quero fazer um espaço de boa comunicação com meus amigos leitores. Seja bem vindo!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O MOMENTO

Essa noite me percebi em lágrimas, quando vi o quanto a superficialidade, e os prazeres da vaidade tem atingido a humanidade. Assumo, que não abro mão de minhas convicções e nem da simplicidade aprendida com minha mãe, que graças a Deus me mostrou realidades e não ilusões.
Me dói, perceber a frieza de um mundo de ilusão, que encanta a tantos olhares imaturos, que acreditam estar governando destinos,
enquanto não percebem a extrema ignorância que paira em seu íntimo. E me digam, qual carro do ano, qual cargo de poder, substitui o sorriso de um filho? Desde quando dinheiro compra amor sincero? E respeito, se encontra em prazeres interesseiros?  Eu choro de dor em ver... E ajoelho de fé ao perceber que... Ó ilusão, você não me encanta... És bela, mas sei que dentro dela, existe um vazio e uma falta de PAZ.
Sei andar de salto, melhor ainda de havaianas... Sei o que é requinte, sei melhor ainda o que é simplicidade. Sei o que é amigo... amigo de verdade! Que te conhece, te abraça...
Seja você quem é!
E quanto ao que está na moda, todo mundo usa, todo mundo fala e todo mundo tá achando!
Quem tem personalidade própria não imita! É espelho!!
 
Kívia Brandão

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OS ESCOLHIDOS


Somos os escolhidos, muitos tentaram chegar, muitos tentaram permanecer, nós conseguimos chegar e ficar. Com nossa bagagem interior, frutos da genética de uma imensa árvore genealógica, fomos crescendo, desconhecidos de nós mesmos; "Os escolhidos". 
De todas as fazes vividas, a mais marcante é a juventude.  Como diz, Vinicius de Morais: "Que seja eterna enquanto dure". Nela conhecemos os embates, o destemor , a ousadia, junto com eles o amor. Nossa vida será eternamente marcada pelas estradas trilhadas  na juventude, assim vamos fazendo nossa bagagem. Marcas intensas no fundo alma, amores e paixões, quedas e feridas, sorrisos abertos de felicidade, temas que fazem parte de um histórico de vida, num período de maior ousadia da  nossa existência. Desconhecemos o medo, em busca de atingir nossos ideais. Assim hoje, podemos usufruir dos grandes confortos que as descobertas nos proporcionaram: a luz elétrica, as grandes vacinas, os antibióticos, sem contar com as  marcantes obras literárias. Um dia a juventude passa e só então nos ressentimos disso, já não temos a mesma força, nossa imagem  começa a desbotar. O círculo da vida assim se apresenta, porém existe algo invisível aos nossos olhos, que nos enriquece: a sabedoria que acumulamos dentro do nosso "Eu Interior'. Com esse divisor de águas, nossa bagagem sempre terá os troféus da juventude. Quantas vezes encontramos os Oscar Niemayers da vida, carregando uma chama especial no olhar. Toda beleza é a soma da ousadia jovem, e da tolerância adulta com a experiência da idade. Ser jovem é para sempre, mesmo para quem não pôde viver a plenitude da vida. Viva estará para sempre  a Jornada da Juventude, com uma multidão de jovens, que muito nos lembrou, a passagem de Cristo pela terra em suas pregações. Foi de enorme excelência, mostrando que há sementes do bem em germinação.

Fazemos parte dos planos do amor de Deus nessa terra, para isso fomos "Os Escolhidos" eternamente jovens.

Marlene Campos Vieira

terça-feira, 1 de outubro de 2013

PEQUENO MUNDO

Depois de grandes, olhamos o passado e só aí podemos analisar quem fomos, o que era o nosso mundo, quais eram os nossos temores e valores. Foi assim comigo, tinha admiração  pelas obras pequenas da natureza, vigiava as minúsculas formiguinhas, admirava  a habilidade do criador.  Nem os dinossauros , nem as baleias, nem as flores gigantes me chamavam atenção. Nos jardins, parava perto dos "Pingos dágua" ; minúsculas flores, imaginando que deveria ser fácil fazer grandes coisas, mas infinitamente difícil fazer miniaturas. Sempre procurava onde ficavam os olhos das formiguinhas, que sabiam se infiltrar em todas as partes. Nossa imaginação perante o desconhecido é fértil enquanto crescemos, às vezes como Toquinho diz na música Aquarela: "Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu". Imaginação e realidade se misturavam, eu coloria meu mundo, gostava de cores, olhava os vários tons das mesmas cores para conhecer o infinito. A morte significava o vazio de cores, por isso aprendi a desenhar e dar vida aos desenhos. Pode ser que eu tenha aprontado  muito quando criança mas, passei apertos que jamais esqueci. Aprendi a respeitar a natureza,  jamais tirar a vida de nenhum animal, por isso me acontecia grandes imprevistos. Lembro de uma tarde em que sozinha na despensa,  ouvi um barulho dentro de um balde, olhei depressa; era um ratinho, queria gritar  e ao mesmo tempo, queria segurá-lo. Cobri o balde com meu vestidinho para gritar a mamãe, ele subiu pelas minhas pernas  e saiu pelas costas, eu gritava e rolava no chão, até o povo da casa me socorrer. Tomei um medão de ratos e sempre sentia suas unhas pelo meu corpo. Um dia, morando na beira de um rio, acompanhava minha mãe enquanto ela lavava roupas. Com uma bacia no colo cheia de minúsculos peixes, distraída brincava sentada numa pedra à beira dágua, senti um peso diferente no meu colo, foi quando me deparei com uma imensa cobra dágua que se enrolara na bacia para comer os peixes. Cara a cara com ela, soltei a bacia e saí gritando, até a cobra teve medo. Não importa a idade, a criança precisa achar seu espaço dentro de nós, pois delas não só é o reino dos céus mas, também o reino da terra, com elas aprendemos a leveza do ser, viver e deixar viver, amar sem medidas, esquecer e perdoar.
Está aí o dia das crianças, por mais idade que tenhamos haverá  um futuro colorido e se o colorirmos sempre, nunca descolorirá. Só com um simples compasso num círculo, a criança faz o mundo e gaivotas a voar no céu, que tal fazer real o mundo de papel?

Marlene Campos Vieira