Amigos é com grande emoção, e alegria extremada, que compartilho com vocês mais um depoimento desta minha "grande" amiga, e conhecida de todos vocês pelas postagens anteriores. O texto abaixo reafirma, a importância dos nossos pensamentos e palavras sobre a nossa saúde física. E mais ainda, nos impulsiona a aumentar a fé no nosso criador, porque sem Ele todo nosso esforço seria inútil.
Parabéns Dalva, por esta vitória que se traduz para você em VIDA.
Marlene Campos Vieira
O meu “Segredo”
Nunca me
interessei muito por livros de autoajuda. Aliás, nunca consegui ler mais de
duas páginas deles. Por isso, quando uma amiga querida – D. Marlene –
emprestou-me o livro “O Segredo” não me animei muito e só comecei a lê-lo para
não decepcioná-la. Foi com ceticismo que li aquelas histórias de pessoas que
tinham conseguido vencer grandes dificuldades por meio do pensamento positivo.
Entretanto, toda e qualquer experiência nos
afeta de alguma forma e a leitura daquele livro, de algum modo, acendeu algo em mim. Comecei a pensar, que não me custava nada colocar em prática algumas das ideias defendidas
naquela obra, e principiei por abolir o NÃO dos planos que fazia para a minha
vida. Assim, em vez de dizer: “Eu não vou fazer hemodiálise por muito tempo”,
comecei a falar: “Até o fim do ano de dois mil e doze, estarei curada”.
Confesso que,
na maioria das vezes, dizia isso sem muita crença e, no fundo, convivia com a
angústia de ter que passar o resto da minha vida me submetendo ao tratamento hemodialítico,
mas continuei a repetir frases positivas a respeito da minha vida. Na verdade,
penso que, ao repeti-las, tentava convencer mais a mim mesma, do a qualquer
outra pessoa de que tudo iria dar certo.
Além disso,
coloquei a minha vida nas mãos de Deus e disse a ele: “Senhor, faça comigo o
que achar que eu mereço”. Não pedi mais nada. Não fiquei todos os dias
implorando para que Ele tivesse piedade de mim, tampouco me revoltei achando
que não merecia passar por aquilo. Fiz apenas mais um pedido: que me desse
forças para aceitar com coragem os obstáculos que, por acaso, eu tivesse que
enfrentar.
Não sou uma
religiosa fervorosa. Não leio a bíblia e, ultimamente, não tenho frequentado nenhuma igreja. Não acredito no Deus que pune, que castiga, que exige
sacrifícios. Acredito em um
Deus que é bom, que é amor, que criou todas as coisas belas
que existem no mundo. Então, quando contemplo a natureza sinto Sua presença.
Também não repito as orações que aprendi no tempo da catequese, porque, quando
as analiso, sinto que as minhas ações, na maioria das vezes, não condizem com o
que estou dizendo. Entretanto, creio em outras formas de oração. Penso que não
há nenhuma maior e mais eficaz do que fazer o bem ao nosso semelhante. Ademais,
ao ler um texto bonito, ao ouvir uma bela canção, sinto-me mais próxima de Deus
do que quando rezo um Pai-Nosso ou uma Ave-Maria.
Ainda não sei
qual foi a influência do livro na minha vida, apesar de estar consciente de que
ele foi importante. Todavia, não tenho nenhuma dúvida de que o fato de ter
confiado em Deus e colocado minha vida em suas mãos, mudou o meu destino. No dia
dezesseis de outubro desse ano, uma semana antes de completar trinta e um anos,
fui transplantada. A cirurgia foi um sucesso e estou me recuperando bem.
Não tenho
nenhuma intenção de criticar a fé de ninguém, nem de dar receitas sobre como se
relacionar com Deus. O que quero dizer é que, para mim, não basta apenas
rezarmos todos os dias antes de dormir, nem ficar pedindo incessantemente as bênçãos que queremos alcançar. O mais
importante é acreditar, confiar que Deus sabe o que é melhor para nós, e que no
momento certo ele agirá. Então, basta que peçamos a Ele apenas uma vez e
confiemos, embora, às vezes, tudo que conseguimos enxergar do bordado que ele
está fazendo das nossas vidas, seja
somente aquela parte bagunçada no avesso
do tecido. Enfim, acredito que:
"Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito". Romanos 8.28.
Dalva Ribeiro