BLOG DA MARLENE

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domingo, 7 de outubro de 2012

O TAPETE AMARELO


Chego na janela e vejo o tapete amarelo. Fico ali parada, viajando no tempo, meus olhos fixos no tapete de flores amarelas, que a árvore da casa ao lado floriu e se cobriu, despejando pétalas na frente da minha janela.
Por certo é um lindo presente, uma declaração de amor da natureza cobrindo exatamente o meu lugar, o nosso lugar: o universo.
Estar ali na janela, fazendo minhas viagens interiores, correndo pelos jardins suspensos da Babilônia, deitada no tapete amarelo, é tudo que faço ao acordar.
Muito colorido sem nenhum borrão, arte do artista divino de imensa imaginação. Logo bem cedo, pássaros cantam pulando de galho em galho, celebrando um novo dia. As abelhas trabalham incansáveis , são flores incontáveis para extrair o mel.
Essa é a essência da natureza: fechar os ciclos , encerrar os capítulos, esquecer-se do inverno e viver a ardente primavera. Assim vou cultivando meu interior, namorando o tapete amarelo, agradecendo ao artista maior que com esmero o produziu. Parece tão inacreditável, que o vizinho plantou uma  árvore, e ela fez um tapete para mim. Que majestoso! Todos que passam por ali também podem pensar assim.
Vou viver o amarelo, é a alegria da cor, fotografar em minhas pupilas esse acontecimento inesquecível. Fazer uma gravação no CD da minha memória e passá-lo sempre, ouvindo o cantar alegre dos pássaros na  árvore amarela.
Penso no hoje, no agora, na minha alma colorida de um amarelo vibrante, o amanhã fica a cargo do artista e seu pincel mágico.
Viver é se refazer sem medo de ser feliz, então o inesperado acontece e aparece um tapete amarelo na sua janela. A natureza nos convida a  fechar os ciclos, abrir-se ao novo, voar no tapete amarelo.......


Marlene Campos Veira  

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

CRIANÇA, SEMPRE CRIANÇA.....

Dia da criança; Vamos contar realidade e imaginação?

Realidade: 

Na semana passada, fiz uma viagem de vários dias. Moro no primeiro andar e sempre deixei as janelas dos fundos abertas, elas ocupam toda a extensão das paredes. Quando retornei de viagem, encontrei  rastros estranhos dentro de casa, procurei  explicação com os entendidos no assunto e então descobri, que fui visitada por morcegos. A criança que mora em mim, passou a imaginar fatos bem coerentes com o agora.

Imaginação:

Política, barulho, fogos de arrasar. Os bichos assustados, saem do seu habitat pra investigar: será que o mundo vai acabar? Por isso voam das florestas e procuram onde se abrigar, até investigarem as ocorrências.

Os morcegos chegaram à noite, e acharam minhas janelas abertas, viram uma casa desabitada e nela se hospedaram. Outros animais, também acharam onde ficar, e passaram a cumprir suas missões.   

Que confusão o mundo virou, observaram os morcegos: gente e mais gente, bandeiras e bandeiras, cores e cores e uma papelada espalhada por todo lado.   
Chegou a noite; espantados, os morcegos viram sobre um enorme palanque, um sem números de vampiros. Verdade? Aqueles sugadores, vestidos de homens, querendo ganhar pra sugar, que incrível ! Os homens acham que morcego é que vira vampiro, agora tudo estava ali, só eles não compreendiam. 
Poucos dos que se apresentavam no palanque, seguiam as normas do  Mestre: "Eu vim para que todos tenham vida".

Os morcegos já sabiam de tudo, deixaram seus sinais pela casa, comeram as bananas da fruteira e voaram para a floresta. Dentro deles um arrepio de medo, medo dos vampiros dos palanques, medo de serem exterminados, medo dos homens vampiros. 

Assim a floresta inteira tomou conhecimento do fato, agora é hora do homem escolher, eles desejam sorte para o planeta. Afinal as crianças precisam de um mundo melhor. 

Quem sabe uma fada " Verdade", transforme a " Realidade", assim teremos um  final feliz: 

" Que venha a nós o vosso reino, Senhor"!
    
 Marlene Campos Vieira