BLOG DA MARLENE

Aqui quero fazer um espaço de boa comunicação com meus amigos leitores. Seja bem vindo!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tempo......tempo...tempo.


No fim da madrugada um tic tac metálico me acorda.
Fico imaginando, será alguém andando de salto alto no andar de cima?
Já desperta descubro que são as gotas de chuva batendo na janela.
Observando o tempo e observando a gente, nesse final de Agosto, chegamos a muitas comparações.
Conforme o conceito de C.G.Jung, " sombra é a soma de todos os âmbitos rejeitados da realidade que o homem não quer ver."
A natureza está trazendo pra nós, uma realidade concreta do nosso ser interior.
À noite junto com as sombras descem as gotas de águas da chuva, como lágrimas escondidas.
De manhã brilha um sol esplendoroso, mostrando todo lado alegre da vida.
Porém vem acontecendo um fato novo, em pleno céu azul, por trás dos edifícios, começam a se formar nuvens brancas de algodão. Em poucos minutos dentro delas, chegam as sombras.
Nuvens escuras, sem pedir licença, rapidamente despejam enormes gotas de chuva sobre a terra.
Esse fato tem ocorrido várias vezes ao dia, pegando os desprevenidos de surpresa.
Afinal quem poderia esperar que em pleno sol, descesse um temporal tão rápido e que passasse com a mesma rapidez?
Toda essa visão concreta da natureza transportada para o mundo interior faz muito sentido.
Pois as sombras muitas vezes são o maior perigo para as pessoas, temos sombras que nem conhecemos.
Elas se transformam em opostos, tal como o sol e as nuvens escuras. Num repente, sem aviso nossas sombras nos surpreendem.  Chegam carregadas e se abrem em grandes gotas de lágrimas, exatamente como a chuva em pleno sol.
Fica então claro, que tudo que o ser humano de fato não quer, e de que não gosta, provém de sua própria sombra, visto que ela é a soma de tudo que ele não deseja ter.
Após essa limpeza interior o sol volta a brilhar, o homem volta a sorrir e passa a conhecer seus medos, suas sombras.
Resta cantar aquela música: "Quando entrar Setembro........"
Com certeza, estaremos de bem com a vida, e nos conhecendo melhor, floresceremos como a primavera.

  

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A cor da Palavra

A cor da palavra

A vida me ensinou que palavra tem cor, pode ser por meu gosto pela pintura,
 pode ser pela observação.
    Exaustos em pleno mar, os tripulantes da arca de Noé, avistam o arco-iris,
lendo suas cores, recebem a mensagem de plena vida.
Muitas vezes dizemos ou ouvimos palavras cujas cores ferem,
 outras vezes ouvimos palavras extremamente musicais e saborosas.
Olhando no espelho, em plena maturidade, ele pode nos dizer não o que vê,
 mas o que pode ver; quem sabe uma severa contabilidade de saldos e lucros.
 Quanta capacidade de se renovar?
Com certeza, do que sobrou há muito bom-humor pra retomar o caminho das palavras.
Quando olho e sinto o que se passa na natureza, tenho palavras quentes,
 afinal em pleno inverno, o sol
chega cedo, como se fosse verão.
 Brilhante, numa extrema contradição; quente no frio.
Trazendo dias de lindas cores. Somando a tudo isso, ainda estamos no ar, de frente pra TV, querendo
especular vida em Marte, que cor terá?
Sentimos grande vontade de viver um colorido interior, que desfaz as sombras e especulações, dos noticiários do dia a dia.
Essas cores novas, mostram que como o sol, também nós nascemos todos os dias.
 Límpidos banhados pelas luzes do horizonte. 
Prontos pra colorir o nosso quadro da vida.
Prontos pra usar o pincel do sol e sorrir como um bebê,
 diante da alegria de viver.

MARLENE CAMPOS VIEIRA

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Meu Mundo Caiu

MEU MUNDO CAIU.

Eu morava num país tropical , abençoado por Deus ......... 
Até que há quase um ano ganhei novos vizinhos e tudo mudou. Na casa de frente pra minha, onde vivia uma linda família, hoje funciona uma escola. A proximidade é tanta que não sabemos se estamos lá ou cá.
Nas férias, vira colônia de férias, com uma bela farra de diversão.
Nos sábados à tarde o quintal,  onde vivia o cão antigamente, espaço aberto para o som, coberto de amianto, vira palco de ensaio evangélico.
Com microfone nas alturas os jovens tocam e cantam. Nenhum outro som pode ser ouvido no meu quarto, começando ao anoitecer  até às vinte horas.
No domingo celebram o culto  até às vinte uma horas. Quando termina o culto, eles saem congratulando-se, para entrar nos seus veículos, estacionados na minha porta, quando se faz silêncio já são vinte duas horas.
Fico de cá pensando: como estão felizes! Como se sentem abençoados!
Invadem a privacidade alheia, criam uma igreja clandestina, fazem uma total barulheira aberta ao vento, sem lenço sem documento.
Quem disse que não reclamei; falei com o dono máquina de proventos.
Nada mudou, agora me diga o que você faria?
Quero ver televisão, quero ligar pra família, quero meu sossego de volta, eu mereço;
Todos merecemos.