A natureza é um espelho, e dela podemos
tirar belas lições.
Ao observar as árvores da minha rua,
encanto-me com uma árvore, que de um lado da calçada, abraça a outra do outro
lado. Elas se misturam tanto que nunca sabemos de quem são as flores.
Assim era a nossa vida quando ainda crianças e adolescentes. Moramos na cidade onde nasci durante muitos anos, e lá estavam nossos poucos e queridos parentes.
Assim era a nossa vida quando ainda crianças e adolescentes. Moramos na cidade onde nasci durante muitos anos, e lá estavam nossos poucos e queridos parentes.
Éramos como as árvores da minha rua...
Passamos dias felizes com nossos
primos e primas, éramos amigos pra valer. Nos momentos mais tristes, lá estavam
eles de braços e abraços aconchegantes, enxugando nossas lágrimas. Passamos
por grandes perdas, e sempre tivemos o conforto e a ajuda deles.
Assim como o
sol e o ar em todas as manhãs, lá estavam eles todos os dias, dizendo um
bom dia!...
Eu e minha irmã ganhamos nossa primeira
afilhada: nossa priminha; Um encanto de menina, linda, meiga e carinhosa.
Chegou o dia do adeus, a vida nos separou. Depois da perda do nosso pai, ainda abalados tivemos que mudar da nossa cidade. Deixamos nossos parentes-amigos e saímos com uma chaga no peito. O mundo se complicou tanto, que as distancias cresceram, e lá ficaram nossos queridos primos.
Chegou o dia do adeus, a vida nos separou. Depois da perda do nosso pai, ainda abalados tivemos que mudar da nossa cidade. Deixamos nossos parentes-amigos e saímos com uma chaga no peito. O mundo se complicou tanto, que as distancias cresceram, e lá ficaram nossos queridos primos.
Nós partimos para os vales de Minas,
com a grande tarefa de descobrir e conquistar o novo mundo, plantar raízes,
frutificar... No coração as lembranças eternas, no dia a dia a correria pra sobreviver,
e o tempo passando, e a saudade a doer no peito!
Depois de tanto tempo, as crianças se
tornaram adultas, casaram-se. Hoje, lá e cá aconteceu o milagre da
multiplicação. Só agora, depois de tantos anos, depois de grandes perdas e
grandes conquistas, fomos em busca de nossos amigos irmãos.
Uma grande dama de olhos azuis, a
pessoa mais humana e perfeita; nossa prima. A primeira palavra, grande
alegria e emoção ao ouvir aquela voz inconfundível, e rememorar
os belos tempos. Agora estaremos fazendo planos para, em um futuro próximo,
marcar um reencontro feliz.
As árvores já não estão florindo
juntas, mas as flores do passado perfumarão para sempre as nossas vidas.
Velhos tempos, belos dias...
Velhos tempos, belos dias...
Marlene Campos Vieira