BLOG DA MARLENE

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terça-feira, 18 de agosto de 2015

NÃO HÁ LUGARES, HÁ PESSOAS!

Não há lugares, há pessoas. Conforto é o maior amor que se pode ter ao nosso lado. Qualidade de vida é a vida ter qualidade ao lado de quem se ama. É pegar na mão, com carinho, ensinando a dar os primeiros passos. Ghandi não tinha conforto de príncipe, como Saddam Hussain teve, no entanto, viveu magnificamente bem, as vezes a pão e água, debaixo de um calor escaldante. Todos os maiores expoentes da humanidade, com raras exceções, não tiveram vida fácil. Não há lugares, há pessoas. As vezes as pessoas batem a cabeça no teto, mas mesmo assim se acomodam com o bem-estar e a zona de conforto.  Salvador Dali era um gênio, mas um gênio com problemas neurológicos que não afetavam sua genialidade. Tinha medo de vir ao Brasil pois pensava que ao sair do avião poderia ser atacado por feras selvagens, índios com flechas, cobras enormes e jacarés famintos. Não há lugares, há pessoas, pessoas que tem o universo dentro de si. Pessoas que são líderes, que desbravam a si mesmo e que com coragem, se embrenham no fundo do próprio coração e não se contentam com o bem-estar de apenas um lugar que ofereça conforto. Pessoas que não cabem em si, como Fernando Pessoa, que teve dentro dele todas as pessoas que quis. O que dizer dos gênios de antes que viviam com parcos recursos, que morriam de doenças que hoje são facilmente curadas, cujas obras são expostas hoje nas salas requintadas das mansões de pessoas que sabem ostentar, mas não sabem dar a mão. Não há lugares, há pessoas. Gentileza, um poeta que quis ser mendigo, andava pelas ruas do Rio de Janeiro com placas poéticas, com letras maravilhosas, sobrevivendo da caridade alheia. Uma delas GENTILEZA GERA GENTILEZA. Não busco conforto, busco pessoas de qualidade, de coração, que saibam ser amigos, que causam saudade com sua ausência. Não busco poder nem vaidade, e sim uma Paz que somente posso ter quando alguém que amo não estiver sofrendo, com falta de algo que tenho em sobra e posso dividir. Não busco lugares, busco pessoas. Pessoas que saibam o valor de si mesmas e que saibam o valor das outras pessoas, e que não guardem no coração a ferida aberta da maldade. Não, não busco lugares em que eu possa ver o mar estalando meus ossos que um dia servirão de adubo para essa terra sagrada do mesmo jeito do vizinho que faz o mal. Não busco lugares, busco pessoas que não se exaltem com o poder que lhes foi entregue para melhorar o mundo. Pessoas são maiores que os lugares. Pessoas fazem os lugares. Pessoas sabem amar e os lugares todos ruirão com o tempo. Busco a convivência fraterna com as pessoas sem me omitir, sem me calar e sabendo que tenho muito para aprender.


Olinto Campos Vieira

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